Há muito e muito tempo, bem no meio do inverno, quando os flocos de neve caíam do céu leves como plumas, uma rainha estava sentada costurando junto a uma janela com esquadrias de ébano. Costurava distraída, olhando os flocos de neve que caíam lá fora e, por isso, espetou o dedo com a agulha e três gotas de sangue caíram na neve. Aquele vermelho em cima do branco ficou tão bonito que ela pensou: "Eu queria ter um neném assim, que fosse branco como a neve, vermelho como o sangue e negro como a madeira da moldura desta janela."
Algum tempo depois, ela teve uma filha, que era branca como a neve, vermelha como o sangue e tinha cabelos negros como o ébano. Deram a ela o nome de Branca de Neve, mas, quando ela nasceu, a rainha morreu.
Um ano mais tarde, o rei casou de novo. A nova rainha era linda, mas muito orgulhosa e prepotente; tão vaidosa que não podia suportar a idéia de que alguém pudesse ser mais bonita do que ela. Tinha um espelho mágico e gostava de se olhar nele e perguntar:
- Espelho, espelho, vem já e me diz, quem é a mais linda de todo o país?
E o espelho respondia:
- Senhora Rainha, tu és a mais linda de todo o país.
Então ela ficava satisfeita, porque sabia que o espelho dizia sempre a verdade.
Mas, à medida que Branca de Neve crescia, ia ficando cada vez mais bonita e, quando tinha sete anos, já era tão bela quanto o dia e mais bonita do que a própria rainha. Um dia, quando a rainha perguntou ao espelho:
- Espelho, espelho, vem já e me diz, quem é a mais linda de todo o país?
O espelho respondeu:
- Senhora Rainha, tu és a mais linda que está aqui, mas Branca de Neve é mil vezes mais linda que todas as lindas que há por aí.
A rainha engoliu em seco, ficou amarela e verde de inveja. Cada vez que ela olhava para Branca de Neve, depois disso, tinha tanto ódio dela que seu sangue até fervia no peito. A inveja e o orgulho cresceram como ervas daninhas dentro do coração da rainha até que ela não conseguia ter um momento de sossego, nem de noite nem de dia. Finalmente, mandou chamar um caçador e disse:
- Suma com essa menina da minha frente. Quero que você a leve para o fundo da floresta e a mate. Para provar que você fez mesmo isso, traga-me os pulmões e o fígado dela.
O caçador obedeceu. Levou a menina para a floresta, mas, quando puxou seu facão de caça e se preparava para atravessar o coração inocente de Branca de Neve, ela começou a chorar e disse:
- Por favor, querido caçador, deixe-me viver. Eu fujo para o fundo do mato e nunca mais volto para casa...
Ela era tão bonita que o caçador ficou com pena e disse:
- Está bem, menina, pobre coitada. Fuja!
Mas, para si mesmo, pensou: "Num instante os animais selvagens vão devorá-la." Porém, como nesse caso não era ele mesmo quem ia matar a criança, isso já tirava um peso enorme de cima dele. Logo depois, um filhote de javali saiu correndo do mato. O caçador meteu a faca nele, tirou os pulmões e o fígado e os levou para a rainha, como prova de que tinha cumprido sua missão. A malvada mandou o cozinheiro salgar e assar esses miúdos e comeu tudo, certa de que estava comendo os pulmões e o fígado de Branca de Neve.
Enquanto isso, a pobre menina estava sozinha no meio da grande floresta. Apavorada, ela se assustava com todas as folhas das árvores e não sabia para onde ir. Começou a correr. Correu, correu, por cima de pedras afiadas e pelo meio de moitas de espinhos e os animais ferozes passavam por ela sem fazer mal nenhum. Correu enquanto as pernas agüentaram até que, finalmente, pouco antes de anoitecer, avistou uma casinha e entrou nela para descansar.
Lá dentro tudo era pequenininho, mas limpo de fazer gosto. A mesa estava posta com uma toalha branca e sete pratinhos, cada um com sua faca, seu garfo, sua colher e sete canequinhas. Do outro lado, junto à parede, havia sete caminhas enfileiradas, cobertas por lençóis brancos imaculados. Branca de Neve estava morrendo de fome e sede, mas não queria comer a comida toda de ninguém, por isso comeu um pouquinho de pão e de legumes de cada prato e bebeu um gole de vinho de cada caneca. Depois estava tão cansada que resolveu se deitar em uma das camas, mas nenhuma servia exatamente para ela - algumas eram compridas demais, outras eram curtas demais, até que a sétima era do tamanho perfeito. Resolveu ficar por ali, rezou suas orações e caiu no sono.
Algum tempo depois, ela teve uma filha, que era branca como a neve, vermelha como o sangue e tinha cabelos negros como o ébano. Deram a ela o nome de Branca de Neve, mas, quando ela nasceu, a rainha morreu.
Um ano mais tarde, o rei casou de novo. A nova rainha era linda, mas muito orgulhosa e prepotente; tão vaidosa que não podia suportar a idéia de que alguém pudesse ser mais bonita do que ela. Tinha um espelho mágico e gostava de se olhar nele e perguntar:
- Espelho, espelho, vem já e me diz, quem é a mais linda de todo o país?
E o espelho respondia:
- Senhora Rainha, tu és a mais linda de todo o país.
Então ela ficava satisfeita, porque sabia que o espelho dizia sempre a verdade.
Mas, à medida que Branca de Neve crescia, ia ficando cada vez mais bonita e, quando tinha sete anos, já era tão bela quanto o dia e mais bonita do que a própria rainha. Um dia, quando a rainha perguntou ao espelho:
- Espelho, espelho, vem já e me diz, quem é a mais linda de todo o país?
O espelho respondeu:
- Senhora Rainha, tu és a mais linda que está aqui, mas Branca de Neve é mil vezes mais linda que todas as lindas que há por aí.
A rainha engoliu em seco, ficou amarela e verde de inveja. Cada vez que ela olhava para Branca de Neve, depois disso, tinha tanto ódio dela que seu sangue até fervia no peito. A inveja e o orgulho cresceram como ervas daninhas dentro do coração da rainha até que ela não conseguia ter um momento de sossego, nem de noite nem de dia. Finalmente, mandou chamar um caçador e disse:
- Suma com essa menina da minha frente. Quero que você a leve para o fundo da floresta e a mate. Para provar que você fez mesmo isso, traga-me os pulmões e o fígado dela.
O caçador obedeceu. Levou a menina para a floresta, mas, quando puxou seu facão de caça e se preparava para atravessar o coração inocente de Branca de Neve, ela começou a chorar e disse:
- Por favor, querido caçador, deixe-me viver. Eu fujo para o fundo do mato e nunca mais volto para casa...
Ela era tão bonita que o caçador ficou com pena e disse:
- Está bem, menina, pobre coitada. Fuja!
Mas, para si mesmo, pensou: "Num instante os animais selvagens vão devorá-la." Porém, como nesse caso não era ele mesmo quem ia matar a criança, isso já tirava um peso enorme de cima dele. Logo depois, um filhote de javali saiu correndo do mato. O caçador meteu a faca nele, tirou os pulmões e o fígado e os levou para a rainha, como prova de que tinha cumprido sua missão. A malvada mandou o cozinheiro salgar e assar esses miúdos e comeu tudo, certa de que estava comendo os pulmões e o fígado de Branca de Neve.
Enquanto isso, a pobre menina estava sozinha no meio da grande floresta. Apavorada, ela se assustava com todas as folhas das árvores e não sabia para onde ir. Começou a correr. Correu, correu, por cima de pedras afiadas e pelo meio de moitas de espinhos e os animais ferozes passavam por ela sem fazer mal nenhum. Correu enquanto as pernas agüentaram até que, finalmente, pouco antes de anoitecer, avistou uma casinha e entrou nela para descansar.
Lá dentro tudo era pequenininho, mas limpo de fazer gosto. A mesa estava posta com uma toalha branca e sete pratinhos, cada um com sua faca, seu garfo, sua colher e sete canequinhas. Do outro lado, junto à parede, havia sete caminhas enfileiradas, cobertas por lençóis brancos imaculados. Branca de Neve estava morrendo de fome e sede, mas não queria comer a comida toda de ninguém, por isso comeu um pouquinho de pão e de legumes de cada prato e bebeu um gole de vinho de cada caneca. Depois estava tão cansada que resolveu se deitar em uma das camas, mas nenhuma servia exatamente para ela - algumas eram compridas demais, outras eram curtas demais, até que a sétima era do tamanho perfeito. Resolveu ficar por ali, rezou suas orações e caiu no sono.
Quando já estava bem escuro, chegaram os donos da casa. Eram sete anões que, todos os dias, iam para as montanhas minerar prata, com suas pás e picaretas. Acenderam suas sete velinhas e, quando tudo ficou iluminado, eles perceberam que alguém tinha estado por ali, porque algumas coisas estavam fora do lugar. O primeiro disse:
- Quem sentou na minha cadeira?
E o segundo:
- Quem comeu no meu prato?
E o terceiro:
- Quem sentou na minha cadeira?
E o segundo:
- Quem comeu no meu prato?
E o terceiro:
- Quem deu uma dentada no meu pão?
E o quarto:
- Quem andou beliscando os meus legumes?
E o quinto:
- Quem usou o meu garfo?
E o sexto:
- Quem cortou com minha faca?
E o sétimo:
- Quem bebeu na minha caneca?
Depois, o primeiro olhou em volta e viu que a cama dele estava amassada, como se
E o quarto:
- Quem andou beliscando os meus legumes?
E o quinto:
- Quem usou o meu garfo?
E o sexto:
- Quem cortou com minha faca?
E o sétimo:
- Quem bebeu na minha caneca?
Depois, o primeiro olhou em volta e viu que a cama dele estava amassada, como se
tivesse uma coisa cavada no meio e perguntou:
- Quem deitou na minha cama?
Os outros vieram correndo e gritaram:
- Alguém deitou na minha cama também!
- Quem deitou na minha cama?
Os outros vieram correndo e gritaram:
- Alguém deitou na minha cama também!
Mas quando o sétimo olhou para a cama dele, viu que Branca de Neve ainda estava deitada lá, dormindo. Chamou os outros, que chegaram num instante. Começaram a gritar muito espantados, foram buscar as velas e as levantaram bem alto por cima de Branca de Neve:
- Deus do céu! - gritaram - Deus do céu! Que menina tão linda!
- Deus do céu! - gritaram - Deus do céu! Que menina tão linda!
Ficaram tão maravilhados com ela que nem a acordaram, mas deixaram que ela continuasse dormindo na caminha. O sétimo anão dormiu com seus companheiros, uma hora com cada um e depois a noite já tinha acabado.
Na manhã seguinte, Branca de Neve acordou e, quando viu os sete anões, levou um
Na manhã seguinte, Branca de Neve acordou e, quando viu os sete anões, levou um
susto. Mas eles foram muito simpáticos, com um jeito amigo e perguntaram:
- Qual é o seu nome?
- Meu nome é Branca de Neve - respondeu ela.
- Como é que você veio parar na nossa casa? - os anões quiseram saber.
- Qual é o seu nome?
- Meu nome é Branca de Neve - respondeu ela.
- Como é que você veio parar na nossa casa? - os anões quiseram saber.
Então ela contou a eles tudo o que tinha acontecido, como a madrasta queria matá-la, como o caçador poupou a vida dela, como ela tinha caminhado o dia todo até que, finalmente, encontrou a casinha deles. Os anões disseram:
- Se você tomar conta de nossa casa, cozinhar para nós, fizer as camas, lavar, costurar e cerzir as nossas roupas e deixar tudo bem limpinho e arrumado sempre, pode ficar morando conosco e nunca vai lhe faltar nada.
- Que bom! - disse Branca de Neve - Eu ia adorar...
- Que bom! - disse Branca de Neve - Eu ia adorar...
E foi assim que ela ficou tomando conta da casa. Todas as manhãs eles saíam para a montanha, para garimpar ouro e prata e, todas as noites, voltavam para casa e ela tinha que ter feito o jantar. Mas ela passava o dia todo sozinha e os bondosos anões acharam bom avisar:
- Muito cuidado com sua madrasta. Ela vai descobrir logo que você está aqui. Não
deixe ninguém entrar nunca.
- Muito cuidado com sua madrasta. Ela vai descobrir logo que você está aqui. Não
deixe ninguém entrar nunca.
Pois bem, a rainha que pensava ter comido os pulmões e o fígado de Branca de Neve, agora tinha certeza de que era a mais bonita do lugar. Foi até diante do espelho e perguntou:
- Espelho, espelho, vem já e me diz, quem é a mais linda de todo o país?
E o espelho respondeu:
- Espelho, espelho, vem já e me diz, quem é a mais linda de todo o país?
E o espelho respondeu:
- Senhora Rainha, tu és a mais linda que está aqui, mas Branca de Neve, que já foi-se embora com os sete anões, na montanha onde mora, é mil vezes mais linda que todas as lindas que há por aí.
A rainha engoliu em seco. Como ela sabia que o espelho não mentia nunca, compreendeu que o caçador a enganara e que Branca de Neve ainda estava viva. Ficou então pensando sem parar, imaginando que jeito podia dar para matar a menina, porque ela tinha que ser a mulher mais linda do mundo... Se não, a inveja não ia deixá-la em paz. Afinal, acabou fazendo um plano. Sujou o rosto todo e se vestiu como se fosse uma velha vendedora ambulante, para que ninguém pudesse reconhecê-la. Com esse disfarce, atravessou as sete montanhas até a casa dos sete anões, bateu na porta e anunciou:
- Belas coisas para vender! Quem quer comprar? Bonito e barato!
Branca de Neve olhou pela janela e perguntou:
- Bom dia, minha boa velha, que é que a senhora tem para vender?
- Corpetes lindos, de todas as cores - respondeu ela. E estendeu um corpete brilhante,
tecido em seda colorida.
"Esta senhora tem um ar tão honesto," pensou Branca de Neve, "não pode fazer mal
se eu deixar que ela entre..." Por isso, abriu a porta e comprou o belo corpete.
- Minha filha, você está toda mal-ajambrada! - disse a velha - Venha cá, deixe que eu
dê o laço direito...
Branca de Neve olhou pela janela e perguntou:
- Bom dia, minha boa velha, que é que a senhora tem para vender?
- Corpetes lindos, de todas as cores - respondeu ela. E estendeu um corpete brilhante,
tecido em seda colorida.
"Esta senhora tem um ar tão honesto," pensou Branca de Neve, "não pode fazer mal
se eu deixar que ela entre..." Por isso, abriu a porta e comprou o belo corpete.
- Minha filha, você está toda mal-ajambrada! - disse a velha - Venha cá, deixe que eu
dê o laço direito...
Sem desconfiar de nada, Branca de Neve se aproximou dela e deixou que a velha a vestisse e amarrasse o corpete novo. Mas ela teve um gesto tão rápido e apertou tanto o cadarço do colete, que Branca de Neve ficou sem fôlego e caiu como se tivesse morrido.
- Muito bem, - disse a rainha - agora você não é mais a mais linda do mundo.
- Muito bem, - disse a rainha - agora você não é mais a mais linda do mundo.
E foi embora correndo. Um pouco mais tarde, quando caiu a noite, os sete anões voltaram para casa. Ficaram horrorizados ao ver sua adorada Branca de Neve caída no chão! Ela estava tão imóvel que eles pensaram que ela estivesse morta. Levantaram-na com cuidado e, quando viram que a roupa estava apertada demais, cortaram o corpete. Com isso, ela respirou um pouquinho e, bem devagar, foi voltando à vida. Quando os anões ouviram o que tinha acontecido, disseram:
- É claro que essa velha vendedora era a rainha malvada e mais ninguém. Você tem
- É claro que essa velha vendedora era a rainha malvada e mais ninguém. Você tem
que ser mais cuidadosa e não pode deixar ninguém entrar em casa.
Quando a malvada chegou em casa, foi direto para a frente do espelho perguntar:
- Espelho, espelho, vem já e me diz, quem é a mais linda de todo o país?
E o espelho respondeu, como sempre:
Quando a malvada chegou em casa, foi direto para a frente do espelho perguntar:
- Espelho, espelho, vem já e me diz, quem é a mais linda de todo o país?
E o espelho respondeu, como sempre:
- Senhora Rainha, tu és a mais linda que está aqui, mas Branca de Neve, que já foi-se embora com os sete anões, na montanha onde mora, é mil vezes mais linda que todas as lindas que há por aí.
Quando ouviu isso, a rainha sentiu um aperto tão grande no peito que parecia que o
sangue ia ferver, pois compreendeu que Branca de Neve ainda estava viva.
- Mas não faz mal... - disse - Desta vez vou pensar em alguma coisa que vai mesmo
destruir você de uma vez por todas...
Com a ajuda de uns encantamentos mágicos que conhecia, fez um pente envenenado.
Depois se disfarçou de novo, como se fosse outra velhinha. E, mais uma vez,
Quando ouviu isso, a rainha sentiu um aperto tão grande no peito que parecia que o
sangue ia ferver, pois compreendeu que Branca de Neve ainda estava viva.
- Mas não faz mal... - disse - Desta vez vou pensar em alguma coisa que vai mesmo
destruir você de uma vez por todas...
Com a ajuda de uns encantamentos mágicos que conhecia, fez um pente envenenado.
Depois se disfarçou de novo, como se fosse outra velhinha. E, mais uma vez,
atravessou as sete montanhas até a casa dos sete anões, bateu na porta e disse:
- Belas coisas para vender! Quem quer comprar? Bonito e barato!
Branca de Neve olhou pela janela e disse:
- Vá embora! Não posso deixar ninguém entrar.
- Mas você pode olhar, não pode? - perguntou a velha, mostrando o pente.
A menina gostou tanto dele que esqueceu de tudo e abriu a porta. Combinaram o
preço e aí a velha disse:
- Agora eu vou pentear você direitinho.
- Belas coisas para vender! Quem quer comprar? Bonito e barato!
Branca de Neve olhou pela janela e disse:
- Vá embora! Não posso deixar ninguém entrar.
- Mas você pode olhar, não pode? - perguntou a velha, mostrando o pente.
A menina gostou tanto dele que esqueceu de tudo e abriu a porta. Combinaram o
preço e aí a velha disse:
- Agora eu vou pentear você direitinho.
Sem desconfiar de nada, Branca de Neve ficou bem quieta, deixando que a velha a penteasse, mas, assim que o pente tocou seu cabelo, o veneno fez efeito e ela caiu desmaiada, como se estivesse morta.
- Aí está, minha beleza, - disse a malvada - agora vai ser o seu fim.
- Aí está, minha beleza, - disse a malvada - agora vai ser o seu fim.
E foi-se embora. Mas, felizmente, a noite já vinha caindo e logo os anões chegaram em casa. Quando viram Branca de Neve caída no chão como se estivesse morta, imediatamente desconfiaram da madrasta. Examinaram Branca de Neve com cuidado e encontraram o pente envenenado. Assim que o arrancaram dos cabelos dela, a menina despertou e contou como tudo tinha acontecido. Mais uma vez, eles avisaram que ela precisava ter cuidado e não devia abrir a porta para ninguém. Quando a rainha chegou ao castelo, foi direto para o espelho e perguntou:
- Espelho, espelho, vem já e me diz, quem é a mais linda de todo o país?
O espelho respondeu do mesmo jeito que antes:
- Senhora Rainha, tu és a mais linda que está aqui, mas Branca de Neve, que já foi-se
- Espelho, espelho, vem já e me diz, quem é a mais linda de todo o país?
O espelho respondeu do mesmo jeito que antes:
- Senhora Rainha, tu és a mais linda que está aqui, mas Branca de Neve, que já foi-se
embora com os sete anões, na montanha onde mora, é mil vezes mais linda que todas
as lindas que há por aí.
Quando ouviu o espelho dizer isso, ela tremeu e se sacudiu de raiva, gritando:
- Branca de Neve tem que morrer! Mesmo que isto custe a minha própria vida.
Então ela foi até um quarto secreto e isolado onde ninguém entrava, nem se sabia que
existia e fez uma maçã muito venenosa. Tinha um aspecto tão bonito por fora, branca
com faces vermelhas, que qualquer pessoa que a visse ia querer comer. Mas qualquer
um que comesse um pedacinho ia morrer. Quando a maçã ficou pronta, ela sujou bem
o rosto e se disfarçou de camponesa. E, mais uma vez, atravessou as sete montanhas
até a casa dos sete anões. Bateu na porta e Branca de Neve pôs a cabeça para fora
da janela.
- Não posso deixar ninguém entrar. Os anões não querem.
- Não faz mal - disse a camponesa - eu só quero me livrar dessas maçãs. Tome. Eu
lhe dou uma de presente.
- Não posso - disse Branca de Neve - não posso aceitar nada.
as lindas que há por aí.
Quando ouviu o espelho dizer isso, ela tremeu e se sacudiu de raiva, gritando:
- Branca de Neve tem que morrer! Mesmo que isto custe a minha própria vida.
Então ela foi até um quarto secreto e isolado onde ninguém entrava, nem se sabia que
existia e fez uma maçã muito venenosa. Tinha um aspecto tão bonito por fora, branca
com faces vermelhas, que qualquer pessoa que a visse ia querer comer. Mas qualquer
um que comesse um pedacinho ia morrer. Quando a maçã ficou pronta, ela sujou bem
o rosto e se disfarçou de camponesa. E, mais uma vez, atravessou as sete montanhas
até a casa dos sete anões. Bateu na porta e Branca de Neve pôs a cabeça para fora
da janela.
- Não posso deixar ninguém entrar. Os anões não querem.
- Não faz mal - disse a camponesa - eu só quero me livrar dessas maçãs. Tome. Eu
lhe dou uma de presente.
- Não posso - disse Branca de Neve - não posso aceitar nada.
- Você está com medo de que esteja envenenada? - perguntou a velha - Bobagem... Veja, vou cortar a maçã pelo meio. Você fica com a banda vermelha e eu fico com a banda branca.
Mas a maçã tinha sido tão bem feita que só a banda vermelha é que tinha veneno. Branca de Neve estava morrendo de vontade de comer a maçã e, quando viu a camponesa dando uma dentada na fruta, não conseguiu resistir. Estendeu a mão e pegou a metade envenenada. Assim que deu uma mordida, caiu morta no chão. A rainha deu um olhar cruel, uma gargalhada terrível e disse:
- Branca como a neve, vermelha como o sangue, negra como o ébano... Desta vez os
- Branca como a neve, vermelha como o sangue, negra como o ébano... Desta vez os
anões não vão conseguir reviver você...
E, quando chegou ao castelo, perguntou ao espelho:
- Espelho, espelho, vem já e me diz, quem é a mais linda de todo o país?
E o espelho finalmente respondeu:
- Senhora Rainha, tu és a mais linda de todo o país.
E, quando chegou ao castelo, perguntou ao espelho:
- Espelho, espelho, vem já e me diz, quem é a mais linda de todo o país?
E o espelho finalmente respondeu:
- Senhora Rainha, tu és a mais linda de todo o país.
Então seu coração invejoso ficou sossegado - se é que um coração invejoso pode ficar sossegado. Quando os anões voltaram para casa ao cair da noite, encontraram Branca de Neve caída no chão. Não saía nem um pouco de hálito de sua boca e ela estava morta realmente.
Eles a levantaram, procuraram bem para ver se encontravam alguma coisa venenosa, afrouxaram as roupas dela, despentearam o cabelo, lavaram a menina com água e vinho, mas não adiantou nada - sua bem-amada estava morta e morta ficou. Puseram-na numa maca, sentaram-se todos em volta, choraram e se lamentaram durante três dias. Depois iam enterrá-la. Mas ela ainda tinha aspecto fresco e cheio de vida e continuava com suas lindas bochechas vermelhas.
- Não podemos botar essa menina na terra escura - disseram.
- Não podemos botar essa menina na terra escura - disseram.
Então fizeram um caixão transparente, de vidro, de modo que ela pudesse ser vista de todos os lados. Deitaram Branca de Neve no caixão e escreveram o nome dela em letras de ouro, acrescentando que ela era filha de um rei. Depois puseram o caixão no alto de uma colina e um deles sempre ficava ao lado, montando guarda. E os pássaros foram chegando e também choraram por Branca de Neve; primeiro uma coruja, depois um corvo e depois uma pomba.
Branca de Neve ficou no caixão por muitos e muitos anos. Ela não se decompunha e parecia dormir, continuando sempre branca como a neve, vermelha como o sangue e negra como o ébano. Até que um dia um príncipe veio por aquela floresta e parou para passar a noite junto à casa dos sete anões. Viu o caixão no alto da colina, viu a linda Branca de Neve dentro dele, leu as letras de ouro no caixão. Então, disse aos anões:
- Eu quero esse caixão, por favor. Pagarei por ele o quanto vocês pedirem.
Mas os anões responderam:
- Não nos separaríamos dele nem por todo o dinheiro do mundo.
- Eu quero esse caixão, por favor. Pagarei por ele o quanto vocês pedirem.
Mas os anões responderam:
- Não nos separaríamos dele nem por todo o dinheiro do mundo.
- Então, por favor, me dêem o caixão, - insistiu ele - porque não vou poder continuar vivendo se não puder ficar olhando Branca de Neve. Vou honrá-la e respeitá-la para sempre.
Aí os anões ficaram com pena e resolveram dar o caixão a ele. Quando os criados do príncipe o levantaram e foram carregá-lo nos ombros, um deles tropeçou numa raiz. Com o tropeção, o pedaço envenenado da maçã que ela havia comido se soltou da garganta, Branca de Neve desengasgou, abriu os olhos, levantou a tampa do caixão, sentou e voltou à vida.
- Onde é que eu estou? - perguntou.
- Está comigo! - respondeu o príncipe, todo alegre.
Então ele contou o que tinha acontecido e disse:
- Eu amo você mais do que qualquer outra coisa no mundo. Venha comigo até o
castelo de meu pai e vamos nos casar.
- Está comigo! - respondeu o príncipe, todo alegre.
Então ele contou o que tinha acontecido e disse:
- Eu amo você mais do que qualquer outra coisa no mundo. Venha comigo até o
castelo de meu pai e vamos nos casar.
Branca de Neve também se apaixonou pelo príncipe e foi com ele. Começaram logo os preparativos para uma festa maravilhosa de casamento. A madrasta malvada de Branca de Neve também foi convidada. Depois de se arrumar toda, com suas roupas mais bonitas, foi para a frente do espelho perguntar:
- Espelho, espelho, vem já e me diz, quem é a mais linda de todo o país?
O espelho respondeu:
- Senhora rainha, tu és a mais linda que está aqui, mas a jovem rainha é mil vezes
mais linda que todas as lindas que há por aí.
Ouvindo isso, a malvada xingou e amaldiçoou. Ficou tão horrorizada que não sabia o que fazer. Primeiro não queria ir ao casamento, mas não podia resistir à curiosidade de ver a jovem rainha. No momento em que entrou no salão, reconheceu Branca de Neve e ficou tão apavorada que nem conseguiu se mexer. Mas já tinham mandado botar dois sapatinhos de ferro na brasa. Alguém os tirou de lá com umas tenazes e os pôs diante dela, que foi obrigada a calçar os sapatinhos em brasa e dançar até cair morta.
- Espelho, espelho, vem já e me diz, quem é a mais linda de todo o país?
O espelho respondeu:
- Senhora rainha, tu és a mais linda que está aqui, mas a jovem rainha é mil vezes
mais linda que todas as lindas que há por aí.
Ouvindo isso, a malvada xingou e amaldiçoou. Ficou tão horrorizada que não sabia o que fazer. Primeiro não queria ir ao casamento, mas não podia resistir à curiosidade de ver a jovem rainha. No momento em que entrou no salão, reconheceu Branca de Neve e ficou tão apavorada que nem conseguiu se mexer. Mas já tinham mandado botar dois sapatinhos de ferro na brasa. Alguém os tirou de lá com umas tenazes e os pôs diante dela, que foi obrigada a calçar os sapatinhos em brasa e dançar até cair morta.
Kerta sydän-talvella, kun lumi-höytyvät höyhenen-pehmoisina pilvistä maahan putoilivat, muuan kuningatar neulomassa istui akkunan ääressä, jonka oli kehä mustaa ebenholtsia. Siinä lunta katsellen neuloissansa hän neulalla pisti sormeensa, ja lumelle kolme veri-pisaraa tipahti. Ja koska valkoisessa lumessa kovin kauniilta näytti luo puna, hän itseksensä ajatteli: "oi jospa olisi minulla lapsi, valkoinen kuin lumi, punainen kuin veri ja musta kuten tuossa akkunan-kehä." Sitten ennen pitkää hän synnyttikin pienen tyttösen, joka oli valkoinen kuin lumi sekä punainen kuin veri, ja jolla oli hiukset mustat kuten ebenholtsi; sen tähden sitä Lumikiksi ruvettiin kutsumaan. Ja lapsen synnyttyä kuoli kuningatar.
Kului sitten vuoden vaalo, jopa kuningas nai toisen puolison. Tämä oli ihana vaimo, mutta ylpeä ja pöyhkeä eikä saanut kärsityksi, että kukaan olisi häntä kauniimpi. Hänellä ihmeellinen peili oli; kun hän tuon eteen astui ja siinä itseään katseli, hänen oli tapa sanella:
"sano pieni kuvastin,
ken maalimassa on kaunihin."
ken maalimassa on kaunihin."
ja peili siihen vastasi:
"te, kuningatar, ootte kaikkein kaunihin."
Silloin hän tytyväinen oli, sillä tiesipä hän peilin puhuvan totta.
Mutta Lumikki kasvamistansa kauniimmaksi kasvoi ja seitsemän vuoden vanhaksi tultuaan hän niin ihana oli, kuin kirkas päivä, ja itse kuningatarta kauniimpi. Kun sitten tuo peililtään kerta kysyi:
"sano, pieni kuvastin,
ken maalimassa on kaunihin."
ken maalimassa on kaunihin."
se vastasi:
"te, kuningatar ootte kaunihin täällä,
vaan Lumikki teitä on kauniimpi vielä."
vaan Lumikki teitä on kauniimpi vielä."
Tuosta säikähti kuningatar, ja kateudesta hänen kasvonsa keltaisen viheriöiksi kävivät. Tästä hetkestä alkain aina, milloinka vain Lumikki hänen nähtäviinsä tuli, oikeimpa pahasti hänen sappeansa paisutti, niin hän tuota tyttöä vihasi. Rikka-ruohon tavoin kateus ja kopeus kasvamistansa hänen sydämmessään kasvoivat, yöt päivät sitä yhä kalvaten. Silloin hän erään metsästäjän kutsui tykönsä ja sanoi hänelle: "vie lapsi pois metsähän, minä en sitä enään kärsi nähtävissäni. Sinun pitää se tappaa sekä tuoda minulle sen keuhko ja maksa merkiksi." Totellen metsästäjä tytön vei mukaansa, mutta kun hän jahti-veitsensä oli paljastanut Lumikin viatonta sydäntä lävistääksensä, lapsi raukka itkemään rupesi, rukoillen: "oi metsästäjä rakas, säästäkää henkeni, minä metsään juoksen enkä ikinä enään kotia palaa." Tytön ihanuus metsästäjässä sääliä synnytti ja hän vastasi: "noh mennös sitten menojas lapsi parka." Itseksensä hän ajatteli: "kyllähän metsän pedot sinun piankin ahmaavat kitaansa," mutta tuntuipa hänestä kuitenkin, ikään-kuin olisi hänen sydäntänsä rasittamasta raskas taakka haihtunut, kun hän pääsi tyttöä tappamasta. Samassa sieltä ohitse sattui juoksemaan metsäsian porsas; sen hän kuoliaksi pisti, otti siitä keuhkon ja maksan sekä vei net merkiksi kuningattarelle. Kokin sitten täytyi nämät suolassa keittää, ja tuo vaimo ilkiö net söi suuhunsa sekä luuli Lumikin keuhkon ja maksan syöneensä.
Ypö yksinänsä tyttö raukka siinä nyt synkkää metsää kierteli, ollen semmoisessa pelon tuskassa, että hän puitten lehtiäkin katseli vavisten eikä ymmärtänyt, mikä neuvoksi. Silloin hän juoksemaan rupesi, kiisi teräväin kivien ylitse, pujahti orjantappurain välitse, ja metsän petoja hänen ympärillänsä hyppieli, mutta nuot eivät hänelle mitään pahaa tehneet. Näin hän juoksemistansa juoksi, miten vain pötkimään pääsi, kunnes illan lähetessä huomasi pienen huoneen, jonne hän meni levähtämään. Tässä tupasessa kaikki pientä oli, mutta somimman somaa ja siistimmän siistiä. Siinä valkoisella vaatteella peitetty pieni pöytä; pöydällä seitsemän pientä lautasta ja jokaisen lautasen vieressä pikku lusikka, pikku veitsi ja pikku kahveli sekä pienoinen pikari. Seinuksella oli vieretysten valmistettuna seitsemän pientä vuodetta, niissä jokaisessa lumi-valkeat lakanat. Kovin nälissänsä ja janoissaan kun oli, Lumikki joka lautaselta söi vähäisen kaaliksia ja leipää sekä joi viini-pisaran jokaisesta pikarista, sillä hän ei yhdeltä tahtonut ottaa koko hänen osaansa. Ollen aivan väsyksissänsä hän sitten makuu-sijaksensa vuoteita koetti, mutta sopimattomia olivat: yksi liian pitkä, toinen liiaksi lyhyt; vasta seitsemäs parahultainen oli, ja sinne hän jäi makaamaan, heitti itsensä Jumalan haltuun sekä nukkui sikeään unehen.
Pimeän tultua saapui kotihin tuon pikku tupasen isännät, seitsemän kääpiöä, jotka vuorista hakkasivat ja kaivoivat malmia. He kukin kynttilänsä sytyttivät ja, kun huone nyt valoisaksi tuli, huomasivat kohta jonkun siellä käyneen, sillä eipä enään kaikki ollut siinä järjestyksessä kuin heidän lähteissänsä. Yksi sanoi: "kuka minun tuolillani on istunut?" toinen taas: "kuka minun lautaseltani syönyt?" Kolmas lausui: "kuka on leivästäni haukannut?" neljäs: "kuka minun kaaliksiani maistanut?" Viides virkkoi: "kuka kahveliani on käyttänyt?" kuudes taas "kuka veitselläni leikannut?" ja seitsemäs sanoi: "kuka pikaristani on juonut?" Silloin ensimmäinen taaksensa katsahtaen huomasi vuoteessansa pienen kuopan sekä lausui: "kuka minun makuu-sijaani on litistänyt?" Myöskin toiset huusivat: "onhan minunkin vuoteellani joku ma'annut." Mutta kun seitsemäs vilkasi vuodettansa, näki hän Lumikin, joka siellä makasi nukkumassa. Hän nyt kumppaneitansa kutsui ja sinne riennettyään nämät hämmästyksestä huudahtaen rupesivat kukin pikku kynttilänsä valossa Lumikkia katselemaan. "Ah kah! ah kah!" he toisilleen virkkoivat, "tuo vasta kaunis lapsi!" sekä olivat niin ihastuksissaan, ett'eivät malttaneet tyttöä herättää, vaan antoivatpa hänen jäädä sinne nukkumaan. Mutta seitsemäs kääpiö kumppaneittensa vieressä vuorotellen makasi, kunkin vuoteella yhden tunnin, ja sitten tuo yö oli kulunut.
Aamulla herättyänsä Lumikki pahasti pelästyi, kun hän nuot seitsemän kääpiöä näki. Mutta ystävällisesti nämät häneltä kysyivät: "mikä sinun on nimesi?" - "Minua Lumikiksi kutsutaan," tyttö vastasi. "Mitenkä sinä meille olet tullut?" kääpiöt vielä kysäsivät. Silloin tyttö heille kertoi, että äiti-puoli oli hänen määrännyt tapettavaksi, mutta metsästäjä hänet kuitenkin heittänyt henkiin, ja että hän sitten koko pitkän päivää oli metsää astellut, kunnes viimein oli heidän huoneensa huomannut. Tähän kääpiöt sanoivat: "jos sinua haluttaa ruveta meidän taloutemme hoitajaksi, vuoteet meille valmistamaan, meille keittämään, pesemään, neulomaan sekä kutomaan, ja jos pidät kaikki siivossa ja puhtaana, sopii sinun jäädä meille etkä täällä tule minkään-lajista puutosta näkemään." - "Aivanhan halusta minä teidän palvelukseenne rupeen," vastasi Lumikki ja jäi sinne. Hän sitten heidän talouttansa hoiti; aamuisin kääpiöt vuoriin menivät malmia ja kultaa hakemaan, iltasin he kotia palasivat, ja silloin ruo'an tuli olla valmihina. Päivät päätänsä tyttö oli ihan yksinään, ja siksipä nuot kääpiö kiltit häntä varoittivat sanoen: "ole vain varuillas, sillä äiti-puoles piankin on tietoonsa saava, että sinä täällä oleskelet; älä millään muotoa laske ketään huonehesen."
Mutta kuningatar, joka luuli Lumikin keuhkon ja maksan syöneensä, arveli nyt taas olevansa kaikisten kauniimpana, astui peilinsä eteen ja lausui:
"sano, pieni kuvastin,
ken maalimassa on kaunihin."
ken maalimassa on kaunihin."
Tähän vastasi peili:
"te, kuningatar, ootte kaunihin täällä,
vaan tuhat vertaa kauniimpi vielä
on vuorien takana Lumikki,
mi kääpiöin parissa asuupi."
vaan tuhat vertaa kauniimpi vielä
on vuorien takana Lumikki,
mi kääpiöin parissa asuupi."
Silloin kuningatar pelästyi, sillä hän tiesi, ett'ei peili valehia laskenut, sekä huomasi, että metsästäjä oli hänen pettänyt ja siis Lumikki vielä elossa. Nytpä hän uudestaan rupesi ajattelemistaan ajattelemaan, mitenkä tytön saisi surmatuksi, sillä niin kau'an kun hän tiesi, että mailmassa oli toinen kaunihimpi, ei kateus häntä kalvaamasta hellittänyt. Ja viimeinkin keinon keksittyään hän kasvonsa maalasi sekä puki itsensä vanhan kaupustelia-akan näköiseksi, täten tullen ihan tuntemattomaksi. Tähän muotoon muuttuneena hän sitten seitsemän vuoren ylitse samosi noitten seitsemän kääpiön kotihin ja kolkutti ovea, huutaen: "kauniita tavaroita kaupaksi, oikeimpa kelpo tavaroita!" Lumikki akkunasta tirkisteli ja vastasi: "hyvää päivää, rouvaseni! mitä teillä on myytävänä?" - "Hyvää tavaraa, kauniita kaluja," tuo pani vastaukseksi, "nyöräys-nauhoja kaiken-karvaisia," sekä esitti nähtäväksi kirjavasta silkistä kudotun korsetin. "Totta maar minun sopinee huonehesen laskea tuommoinen kunnon akka," ajatteli Lumikki, aukaisi oven sekä osti nuot somat nyöräys-nauhat. "Oi lapsi kulta," akka lausui, "aivanhan sinä lönteröiseltä näytät! annappas, minä kerrankin sinun oikein panen nyöri-liiviin." Mitään pahaa pelkäämätä Lumikki akan etehen asettui uuteen liiviinsä nyörättäväksi, mutta vilppahasti akka liivin pingotti niin piukkahan, ett'ei Lumikki enään saanut hengitetyksi, vaan kuolleena lankesi laattialle. "Nytpä kauniimmuutesi on ollutta ja mennyttä," mutisi vaimo ja riensi tiehensä.
Eihän aikaakaan, jopa ilta-puoleen palasi kotia nuot seitsemän kääpiöä, mutta he vasta pelästyivät nähdessään rakkahan Lumikkinsa makaavan laattialla; ja liikahtamata hän siinä lepäsi, ikään-kuin kuollehena. He hänen nostivat pystyyn ja huomattuaan hänen kovin piukkahan nyörätyksi leikkasivat heti nauhat poikki; silloin tyttö hiukan hengittämään rupesi ja virkosi vähitellen taas entisellensä. Kuultuaan, miten käynyt oli, kääpiöt lausuivat: "eihän tuo vanha kaupustelia-akka kukaan muu ollut kuin kuningatar ilkiö; ole vast'edes paremmin varuillasi äläkä ketään laske huonehesen meidän poissa ollessamme."
Mutta kotia tultuansa vaimo häijykäs peilin eteen astui sekä kysäsi:
"sano, pieni kuvastin,
ken maalimassa on kaunihin;"
ken maalimassa on kaunihin;"
ja se silloin, kuten viime-kerrallakin, vastasi:
"te, kuningatar ootte kaunihin täällä,
vaan tuhat vertaa kauniimpi vielä
on vuorien takana Lumikki,
mi kääpiöin parissa asuupi."
vaan tuhat vertaa kauniimpi vielä
on vuorien takana Lumikki,
mi kääpiöin parissa asuupi."
Tämän kuultuansa kuningatar niin pahasti pelästyi, että suonista kaikki veri sydämmeen pakkasi, sillä hyvimpä hän ymmärsi, että Lumikki oli taas elämään tointunut. "Nyt," huudahti hän, "minä jotakin koetan keksiä, joka sinulle varman tuhon tuopi," ja valmisti noita-keinoilla, joita hän kylläkin osasi, myrkyllisen kamman. Sitten hän itsensä puki tuntemattomaksi, muuttaen muotonsa toisen vanhan akan näköiseksi. Semmoisena hän taas astui noitten seitsemän vuoren tuolle puolen kääpiö-seitsemikön kotiin ja kolkutti ovea, huutaen: "hyviä tavaroita kaupaksi! ostakaa!" Lumikki akkunasta katsahti ja sanoi: "mene vain menojas, minä en tohdi ketään laskea tänne sisälle." - "Tottahan sinun toki lienee lupa kalujani katsella," virkkoi akka, otti pussistansa tuon myrkyllisen kamman ja näytti sen tytölle. Siihen nyt lapsi parka niin mieltyi, että hän petetyksi tuli ja aukaisi oven. Kun sitten kaupasta olivat sopineet, akka lausui: "tahtoisimpa nyt sinun kerrankin kammata oikein kunnollisesti." Lumikki parka ei mitään pahaa aavistanut, vaan suostui akan tuumahan, mutta tuskin tuo oli kamman pistänyt hänen hiuksiinsa, jopa myrkky vaikutettavansa vaikutti ja tyttö tainnuksiin meni. "Sinä ihmeen ihana," vaimo ilkeä lausui, "jo nyt on ihanuutes loppunsa nähnyt," sekä läksi tuvasta pois. Mutta onneksi pian ehti ilta, jolloinka kääpiöt kotia tulivat. Nähtyään Lumikin makaavan kuollehen näköisenä laattialla he tämän kohta arvasivat äiti-puolen toimeksi, rupesivat hakemaan sekä löysivätkin tuon myrkyllisen kamman ja tuskimpa sen olivat saaneet tytön hiuksista, jopa tointui Lumikki ja kertoi, kuinka oli ollut asian laita. He sitten häntä taas varoittivat olemaan varuillansa sekä kielsivät avaamasta ovea kellekkään.
Kun kuningatar oli kotiinsa päässyt, hän peilin eteen asettui lausuen:
"sano, pieni kuvastin,
ken maalimassa on kaunihin."
ken maalimassa on kaunihin."
Se siihen vastasi, kuten ennenkin:
"te, kuningatar ootte kaunihin täällä,
vaan tuhat vertaa kauniimpi vielä
on vuorien takana Lumikki,
mi kääpiöin parissa asuupi."
vaan tuhat vertaa kauniimpi vielä
on vuorien takana Lumikki,
mi kääpiöin parissa asuupi."
Peilin sanat kuultuansa hän vihasta värisemään, vallampa vapisemaan. "Lumikin täytyy kuolla," hän kiljasi, "vaikkapa oman henkeni kaupalla." Sitten hän meni yksinäiseen sala-kammioon, jonne ei kukaan päässyt, sekä valmisti siellä myrkyllisimmän myrkyllisen omenan. Punaisena ja valkoisena se niin erin-omaisen kauniilta näytti, että kuka sen vain näki, hänen sitä heti rupesi mieli tekemään, mutta joka siitä edes pikku riikusenkin oli haukannut, hän kohta oli kuoleman omana. Omenansa valmiiksi saatuaan kuningatar kasvonsa maalasi sekä puki itsensä talonpoikais-vaimon vaatteihin ja läksi astumaan kääpiöjen taloon tuonne seitsemän vuoren taakse. Kuultuaan ovea kolkuttavan Lumikki päänsä pisti akkunasta ja sanoi: "minä en tänne tohdi laskea ketään, minua on avaamasta kieltänyt nuot seitsemän kääpiöä." - "Minulle tuo yhden-tekevää," vastasi vaimo, "kyllähän minä omenistani pääsen. Seh siinä sinulle yksi." - "Älkää, muija kulta," sanoi Lumikki, "minä en sitä uskalla ottaa." - "Pelkäätkö myrkyttämistä?" akka lausui, "katsoppas, minä omenan leikkaan kahtia; syö sinä punainen puolikas, minä vaalean lappaan suuhuni." Mutta omena oli niin konstikkaasti tehtynä, että ainoastaan punainen puoli oli myrkyllinen. Lumikkia rupesi omenaa haluttamaan, eikä hän nähtyänsä vaimon siitä haukkaavan enään saanut mieltänsä maltetuksi, vaan kurotti kätensä ulos akkunasta ja sieppasi puoleensa tuon myrkyllisen puolikkaan. Mutta tuskin tyttö siitä oli sipaleen saanut suuhunsa, jopa hän kuolleena suistui pitkällensä. Julmasti hänehen katsahtaen ja ääneensä nauraen kuningatar silloin virkkoi: "valkoinen kuin lumi, punainen kuin veri, musta kuten ebenholtsi! nytpä eivät kääpiöt enään kykene sinua henkihin herättämään." Ja kotona sitten peililtään kysyttyänsä:
"sano, pieni kuvastin,
ken maalimassa on kaunihin,"
ken maalimassa on kaunihin,"
tuo viimeinkin vastasi:
"te, kuningatar, ootte kaikkein kaunihin."
Silloin rauhan saavutti hänen kateellinen sydämmensä, rauhaa sen verran, kuin on häijyn ja kadehtivaisen sydämmen saavutettavissa.
Illalla kotia palattuansa kääpiöt Lumikin näkivät laattialla pitkällään, hän ei enään hengittänyt, vaan oli kuollehena. He hänen nostivat istualle, hakivat tarkoin, löytyisikö myrkyllistä mitään, päästivät häneltä nyöri-liivin, kampasivat hänen hiuksensa sekä pesivät hänet vedellä ja viinillä, mutta eipä mistään apua; lapsi kulta kuolleena pysyi eikä henkihin herännyt. Kääpiöt nyt hänen panivat paarille, istuivat sen äärehen koko seitsemikkö ja itkivät tyttöä, itkein siinä kolme pitkää päivää. Sitten nuot Lumikkinsa aikoivat haudata, mutta hän aivan elävältä näytti, ja hänen suloiset poskensa yhä pysyivät punaisina. He sentähden sanoivat: "häntä emme malta mustaan multahan kätkeä," teettivät lasisen ruumiin-arkun, jonne sopi nähdä joka taholta, laskivat Lumikin sinne sekä kirjoittivat kanteen kulta-kirjaimilla hänen nimensä ja että hän oli kuninkaan-tytär. Sitten kantoivat vuorelle arkun ja yksi heistä aina istui sitä vartioitsemassa. Ja myöskin eläimiä siellä kävi Lumikkia itkemässä, ensin tuli tarha-pöllö, sitten kaarne ja viimeiseksi kyyhkynen.
Kau'an, kovin kau'an siinä nyt Lumikki makasi muuttumata, laisinkaan lakastumata ja näytti vain ikään-kuin nukkuneelta, sillä olipa hänen ihonsa lumen valkoinen, veren punainen sekä hiukset mustat kuten ebenholtsi. Mutta tapahtuipa, että siinä metsässä kerta kävi eräs kuninkaan-poika, ja tuo kääpiöjen tupahan tuli, siellä pitääksensä yötä. Hän vuorella olevan ruumiin-arkun näki sekä ihanan siinä makaavan Lumikin ja luki myöskin, mitä kulta-kirjaimilla oli arkun kanteen kirjoitettuna. Silloin hän sanoi kääpiöille: "antakaa minulle tuo arkku! minä siitä teille maksan, mitä vain tahdotte." Mutta kääpiöt vastasivat: "lemmikistämme emme luovu, vaikka saisimme kaikki mitä mailmassa on kultaa." Nytpä prinssi pyytämään: "no lahjoittakaa se minulle, sillä Lumikkia näkemätä en voi elää, minä häntä olen rakkahimpanani kunnioittava." Prinssin näin rukoiltua noitten hellä-sydämisten kääpiöjen tuli häntä surku, ja he hänelle arkun antoivat. Kuninkaan-pojan palveliat sen nyt nostivat hartioillensa sekä läksivät kotia-päin astumaan. Tapahtuipa silloin, että he pensahasen kompastuivat, ja tärähdyksestä tuo Lumikin haukkaama myrkyllinen omenan-pala hänen kurkustansa läksi. Ja eihän aikaakaan, jopa tyttö aukaisi silmänsä, kohotti arkusta kannen irti, nousi istualle sekä oli taas ihan elävänä. "Oi kummaa tämä!" hän huudahti, "missä maar minä nyt lienen?" Ilosta ihastuneena vastasi kuninkaan-poika: "sinä minun luonani olet," ja kertoi, mitä oli tapahtunut sekä lisäsi sitten: "minä sinua rakastan enemmän, kuin mailmassa muuta mitään; tule minun kanssani isäni linnaan ja rupee puolisokseni." Silloin häneen Lumikki rakastui sekä seurasi häntä, ja häät heille valmistettiin mitä komeimmat, loistavimmat.
Mutta pitoihin myöskin kutsuttiin Lumikin häijy äiti-puoli. Uhkeimmat vaatteensa ylleen puettuaan hän nyt peilinsä eteen astui kysyen:
"sano, pieni kuvastin,
ken maalimassa on kaunihin,"
ken maalimassa on kaunihin,"
Peili vastasi:
"te kuningatar, ootte kaunihin täällä,
vaan morsian verrattoman kauniimpi vielä."
vaan morsian verrattoman kauniimpi vielä."
Silloin tuo vaimo ilkiö kamalan kirouksen laski, ja häntä ahdistamaan rupesi tuska semmoinen, ett'ei hän ymmärtänyt, mikä tehtävänä. Ensin hän päätti olla häihin menemätä, mutta eipä levottomuus häntä halvaamasta lakannut, hänen täytyi lähteä nuorta kuningatarta katsomaan. Ja kohta kuninkaalliseen salihin astuttuansa hän Lumikin tunsi sekä joutui niin kovan tuskan ja hämmästyksen omaksi, ett'ei päässyt paikaltansa liikahtamaan. Mutta jo oli häntä varten pantu hiilille kuumenemahan rautaiset tohvelit; nuot rauta-pihdeillä saliin tuotiin ja laskettiin hänen eteensä. Nämät tuli kuumat kengät hänen sitten täytyi pistää jalkahansa sekä tanssia niissä, kunnes henkensä heitti.